MARTIM-PESCADOR-MIÚDO - Fêmea Chloroceryle aenea (Pallas, 1764)
Nome em Inglês: American Pygmy Kingfisher Outros nomes populares: martim-pescador-anão, martinho, ariramba-miudinho, arirambinha
Família: Alcedinidae
Foto: Germano Woehl Junior Local: RPPN Santuário Rã-bugio – Guaramirim SC Data: 21/04/2025
Características Mede 12,5 centímetros e pesa entre 11 e 16 gramas. É o menor dos martins-pescadores. Seu bico é longo (2,7 centímetros).
O macho adulto apresentam cabeça, dorso, asas e cauda de coloração verde escuro brilhante com reflexos dourados. Os lores são negros cobertos com uma faixa castanha que termina como uma tênue linha branca marcando a sobrancelha por sobre o olho. A face apresenta uma faixa malar de coloração castanho claro que se estende até a nuca verde. A garganta é branca. As penas coberteiras primárias são verdes e apresentam três faixas de pintas brancas bastante distintas. O peito e os flancos apresentam coloração laranja ferrugíneo que contrastam com o centro do ventre branco. O uropígeo e crisso também são brancos. O bico é preto com a base da mandíbula inferior amarelada. A íris é marrom escuro, os tarsos e pés são de coloração cinza escuro. A fêmea adulta difere do macho por apresentar uma grande faixa verde escura no peito além de uma e cinta peitoral branca. Os juvenis são em geral mais pálidos com a coloração mais opaca (menos brilhante) que a dos adultos. Os pontos brancos nas asas são mais numerosos. Jovens do sexo masculino apresentam estrias escuras no peito e nos flancos. As fêmeas jovens apresentam a faixa do peito mais estreita do que nos adultos do sexo feminino e ela pode em muitas vezes se apresentar incompleta.
Subespécies
Possui duas subespécies:
Chloroceryle aenea aenea (Pallas, 1764) - ocorre da região Central da Costa Rica até o Norte da Bolívia, Guianas, no Brasil e na Ilha de Trinidad. Esta subespécie apresenta duas linhas formadas por pequenas pintas brancas nas penas coberteiras secundárias. (Fry & Fry, 1992)
Chloroceryle aenea stictoptera (Ridgway, 1884) - ocorre do Sul do México na Península de Yucatán até o Norte da Costa Rica. Esta subespécie apresenta de três a quatro linhas formadas por pequenas pintas brancas nas penas coberteiras secundárias. (Fry & Fry, 1992)
Alimentação Alimenta-se de peixes, crustáceos e anfíbios. Na RPPN Santuário Rã-bugio estava se alimentando de peixe anual em um pequena lagoa (poça) Veja aqui.
Reprodução Escavam seus ninhos, um túnel de 30 a 40 cm de profundidade, em barrancos ou cupinzeiros arborícolas ou em ocos de árvores mortas. Põe de 2 a 4 ovos de cor branca, chocados pelo casal. Ambos os sexos cuidam dos filhotes, alimentando-os de pequenos peixes e insetos.
Hábitos Habita as margens de cursos d’água com vegetação densa, onde facilmente passa despercebido, tanto no interior como no litoral. Encontrado também em manguezais. Vivem aos casais. Na RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC), o local frequentado foi um pequena lagoa, uma poça, com área aproximada de 2 m2 e profundidade máxima de 10 cm Veja aqui, que está repleta de peixe anual .
Distribuição Geográfica Ocorre do México à Amazônia, Bolívia e Argentina (Provincia de Misiones); Norte de Santa Catarina (até Guaramirim SC), Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás e Mato Grosso. |