FALCÃO-DE-COLEIRA Falco femoralis (Temminck, 1822)
Nome em Inglês Aplomado Falcon
Outros nomes populares: Cauré, gavião-de-coleira, gavião-pombo (São Paulo), gavião-de-cerrado, gavião-do-campo, falconete, olheiro e falcão-aplomado.
Ordem: Falconiformes Família: Falconidae Subfamília: Falconinae
Foto: Germano Woehl Jr Local: Entorno da RPPN Santuário Rã-bugio - Guaramirim SC Data: 01/06/2025
Características Ambos os sexos são semelhantes, sendo que a fêmea é maior do que o macho. O macho mede entre 35 e 38 centímetros e pesa entre 208 e 305 gramas. A fêmea mede entre 43 e 45 centímetros e pesa entre 271 e 460 gramas. Espécie esbelta, de asas e cauda bastante longas. O imaturo apresenta as partes superiores na cor castanho escuro com o peito manchado e sobrancelha mais clara.
Subespécies Possui três subespécies reconhecidas: Falco femoralis femoralis (Temminck, 1822) - ocorre da Nicarágua e Belize até o sul da América do Sul na Terra do Fogo; (que é esta subespécie da foto.) Falco femoralis septentrionalis (Todd, 1916) - ocorre na savana e nas florestas do norte do México e Guatemala; Falco femoralis pichinchae (Chapman, 1925) - ocorre da Colômbia até o norte do Chile e noroeste da Argentina.
Alimentação Caça rente ao solo em campos e restingas. Às vezes peneira. Come insetos, também cupins em revoada, lagartixas, morcegos e ocasionalmente pássaros e até cobras peçonhentas como a jararaca. Aparece nas grandes queimadas, onde pousa em árvores à frente do fogo para localizar presas.
Reprodução Não constroem ninhos, pois ocupam os já feitos por outras aves ou coloca seus ovos em ocos e cavidades de arvores. Os ovos costumam ser densamente manchados, mas podem ser marrons quase uniformes. A postura dos ovos, que são em média 3, tem início entre agosto e setembro. A fêmea é encarregada da incubação e, após a eclosão, esta cuida dos filhotes enquanto o macho sai em busca de alimento.
Hábitos Espécie campestre, ocorre em áreas abertas como campos, cerrados, cerradões, bosques abertos, zonas campestres e urbanas. Em zonas campestres, costuma pousar sobre árvores baixas, mourões de cerca e cupinzeiros, de onde procura suas presas. Já nas zonas urbanas, pode ser encontrado pousado sobre postes, fios de eletricidade, antenas e borda de edifícios. O falcão-de-coleira costuma caçar em pares e utilizam poleiros altos como este para terem uma visão privilegiada. Ao avistar uma presa em potencial (geralmente pombas/rolinhas), um deles faz a primeira investida enquanto segundos depois o outro sai, alternando os mergulhos sobre a presa. Muito bonito de se ver. Em Guaramirim (SC) foi observado um único indivíduo que pousava no fio de alta tensão ou no travessão do poste da rede de alta tensão e todos os dias frequentava o mesmo local na parte da manhã, entre 8 e 9h para capturar rolinhas.
Distribuição Geográfica Ocorre dos Estados Unidos à Terra do Fogo, todo o Brasil.
Agradecemos ao Luciano Moura, fotógrafo de aves de Anápolis (GO), pela identificação da espécie. |