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INFORMAÇÕES:

LÍQUEN sobre um rocha de granito da Serra do Mar
(Líquen: associação de fungos com algas)

Foto: Germano Woehl Junior
Local: Campos de Altitude - Alto Quiriri - Joinville - SC
Data: 11/01/2006


Para que o líquen se estabeleça, é necessário ar limpo. Muitos deles são extremamente sensíveis à poluição atmosférica, e têm sido usados como indicadores de poluição (bioindicadores).

Os líquens são seres vivos muito simples que constituem uma simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) e uma alga ou cianobactéria (o fotobionte). Alguns taxonomistas classificam os líquens na sua própria divisão (Mycophycophyta), mas isto ignora o fato de que os componentes pertencem a linhagens separadas.Por outro lado o fungo é o componente dominante do talo do líquen e são usualmente classificados como fungos. Podem ser encontrados nos mais diversos habitats, de geleiras, rochas, árvores, folhas, desertos e são excelentes colonizadores primários. São geralmente estudados pelos botânicos, apesar de não serem verdadeiras plantas. Vale destacar que segundo o Código Internacional de Nomenclatura Botânica o termo Líquens ou Líquenes está em desuso, sendo mais adequado o termo Fungos Liquenizados.

A verdadeira natureza desta simbiose é ainda tema de debate pelos cientistas, em que alguns casos afirmam que o fungo é um parasita do fotobionte porque através de seus haustórios que penetram a célula da alga controlam seu ciclo reprodutivo; no entanto, em muitos casos, a alga sozinha não sobrevive no habitat ocupado, assim como o fungo isolado também não sobrevive e, portanto alguns defendem uma relação mutualística.

O micobionte dos líquens pertence, na sua maioria, ao filo Ascomycota (98%), sendo os restantes parte de Basidiomycota(2%). Cada espécie de líquen tem uma espécie diferente de fungo e é com base nessa espécie que os líquens são classificados. A classificação baseia-se, em geral nas características do talo e órgãos reprodutivos. Estão descritas de 15.000 a 20.000 espécies de líquens, de acordo com diferentes sistemas de classificação. Cerca de 20% das espécies de fungos conhecidas pertencem a líquenes.

Os fotobiontes são muito menos numerosos que os micobiontes e uma mesma espécie de alga pode fazer parte de vários líquens diferentes. Muitas espécies de algas, se não todas, podem existir isoladamente em alguns habitats, mas quando fazem parte de um líquen, apresentam uma distribuição muito maior.
Índice


Como eles agem para formação do solo.
Eles liberam ácidos que corroem a rocha, a rocha libera minerais que são absorvidos pelos fungos. Os fungos "dão" os minerais ás algas que fazem fotosítese.


Relação Simbiótica
O micobionte se beneficia da simbiose através dos açúcares ou polióis, carboidratos, que são o seu alimento, produzidos pelas algas, através da fotossíntese. A alga ganha proteção, uma vez que o fungo, normalmente, forma a superfície externa e mantém o interior do talo úmido, resultando num ambiente mais estável para a alga, que pode, então, desenvolver-se mais. O fungo consegue o açúcar através de hifas especiais, chamadas apressórios ou haustórios, que entram em contato com a parede celular das células da alga. Aparentemente, o fungo pode produzir uma substância que aumenta a permeabilidade da parede da alga e que permite-lhe adquirir, por difusão, até 80% do açúcar que a alga produz. Em relação às cianobactérias, o micobionte adquire nitrogênio.

Em diversas situações, se instalam em locais inóspitos e com poucos recursos nutritivos, como, por exemplo, em rochas. Como resultado de seu metabolismo, liberam substâncias corrosivas no ambiente (geralmente ácidos orgânicos), resultando na intemperização das rochas e iniciando a formação de um solo (pedogênese). 

Onde são encontrados
Podem ser encontrados nos mais diversos ambientes incluindo altas temperaturas. Do nível do mar até 7000 metros no Everest. Por possuírem uma grande capacidade de dessecação podem resistir em ambientes inóspitos. Para que o líquen se estabeleça, é necessário ar limpo. Muitos deles são extremamente sensíveis à poluição atmosférica, e têm sido usados como indicadores de poluição (bioindicadores).


Etimologia
"Líquen" provém do termo grego leichén, através do termo latino lichen

 
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