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INFORMAÇÕES:

JOÃO-DE-BARRO
Furnarius rufus (Gmelin, 1788)

Superfamília: Furnarioidea
Família: Furnariidae
Subfamília: Furnariinae
Nome em Inglês: Rufous Hornero

Foto: Germano Woehl Junior
Local: RPPN Odir Zanelatto, cabeceiras do rio Itajaí, Itaiópolis - SC
Data: 31/12/2012

Características
Mede 18 a 20 centímetros de comprimento e pesa 49 gramas.

Alimentação
O pássaro, revirando as folhas, busca cupins, formigas ou içás no solo ou sob troncos caídos. Alimenta-se também de outros invertebrados, como minhocas e possivelmente moluscos. Aproveita restos alimentares humanos, como pedaços de pão.

Reprodução
Juntos, o casal constrói um ninho interessante, em formato de forno de barro, o qual pode ser facilmente identificado no alto de árvores e postes em regiões campestres. No interior do ninho há uma parede que separa a entrada e a câmara incubadora, construída para diminuir as correntes de ar e o acesso de possíveis predadores. Utiliza como matéria-prima o barro úmido, esterco e palha, cujas proporções dependem do tipo de solo disponível no lugar (se arenoso, a quantidade de esterco chega a ser maior do que a de terra).

Não utiliza o mesmo ninho por duas estações seguidas, parecendo realizar um rodízio entre dois a três ninhos, reparando ninhos velhos semi-destruídos. Quando não há mais espaço para a construção de novos ninhos, o pássaro o constrói em cima ou ao lado do velho.

Em locais urbanizados, quando faltam suportes adequados, o joão-de-barro faz seu ninho até no peitoril de janelas. Neste caso ele escolhe o encontro entre a janela e a parede, assim como ele escolhe encontro de galhos quando faz ninho em árvores. As janelas devem estar em locais altos e de difícil acesso. Em locais descampados, com pouca ou nenhuma árvore alta, e como medida de proteção à espécie, recomenda-se erguer postes altos dotados de travessas horizontais. Estes serão usados para sua nidificação.

A construção do ninho demora entre 18 dias e 1 mês, dependendo da existência de chuvas e, portanto, de barro em abundância. O ninho pesa em torno de 4 quilos e às vezes ocorre a construção de vários deles, sobrepostos, em anos consecutivos. Põe de 3 a 4 ovos, a partir de setembro e a incubação dura de 14 a 18 dias.

Uma vez abandonados, os ninhos são reutilizados por outras espécies de aves (canário-da-terra-verdadeiro e andorinhas). Também são reutilizados por lagartixas, rãs, pequenas cobras, ratos silvestres e até por abelhas silvestres (observação no entorno da RPPN Corredeiras do Rio Itajaí, em Itaiópolis (SC).

Hábitos
É muito comum em paisagens abertas, como campos, cerrados, pastagens, ao longo de rodovias e em jardins. Caminha pelo chão em busca de insetos, freqüentemente pousando em postes, cercas, galhos isolados e outros pontos que permitam uma boa visão dos arredores. Vive geralmente aos casais. Canta em dueto (macho e fêmea juntos, cada qual de um modo um pouco diferente) nos arredores do ninho em postura altiva e tremulando as asas, com um canto extremamente estridente. Há várias lendas sobre esta espécie e a mais famosa, que já virou até tema de uma canção intitulada joão-de-barro, diz que se o macho for traído ele pode trancar a fêmea no ninho até que ela morra. Tal comportamento nunca foi registrado cientificamente. Algumas aves como pardais, canários e tuins podem usar ninhos de joão-de-barro abandonados. Uma provável dificuldade para a utilização dos ninhos é a temperatura de seu interior, que lhes confere o nome forno tanto no nome científico Furnarius quanto no nome em espanhol hornero. Esta ave tipicamente campestre vem aumentando significativamente tanto a sua distribuição quanto abundância. É a ave símbolo da Argentina.

Distribuição Geográfica
Um dos pássaros mais populares das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste de nosso País. Está presente em áreas não florestadas, desde o sul até os estados de Goiás, Piauí e Alagoas. Recentemente tem ampliado seus limites para regiões onde tem ocorrido o desmatamento de grandes áreas, como o sudeste do Pará. Encontrado também na Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.
 
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