INFORMAÇÕES:

OLANDI
Calophyllum brasiliense Cambess

Outros nomes populares: GUARANDI, CEDRO-DO-MANGUE e JACAREÚBA

Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Calophyllaceae


Foto: Germano Woehl Junior
Local: Floresta de Restinga, Guaramirim - Santa Catarina
Data: 2001 


AMEAÇADA DE EXTINÇÃO
No estado de São Paulo, consta da lista de espécies ameaçadas de extinção, na categoria quase ameaçada.

Características
Altura de 20 a 30 m, tronco com diâmetro entre 40 e 60 cm, copa arredondada. O tronco segrega látex amarelo e pegajoso, que demora a sair. Folhas opostas e simétricas, de duas em duas nas muito jovens, de quatro em quatro nas adultas. Folhas glabras, coriáceas, 10–13 cm de comprimento, 5-6 de largura. Flores brancas, inflorescência em cacho. Há plantas com flores bissexuadas e plantas apenas com flores masculinas, mas a expressão do sexo de um indivíduo é instável. É capaz de mudar de sexo - árvores exclusivamente masculinas podem passar a produzir flores hermafroditas. O fruto é drupa globosa, de polpa oleaginosa. As sementes apresentam dormência por substância inibidora, sem tratamento podem demorar seis meses para brotar.

Ecologia
Árvore perenifólia, heliófita ou de luz difusa, característica de florestas pluviais de solos úmidos e de brejos, como a Floresta de Restinga, um dos ecossistemas mais ameaçados da Mata Atlântica. Restam poucas áreas. Floresce de setembro a novembro, os frutos amadurecem entre abril e junho. Os frutos são consumidos por várias espécies da fauna, Sua dispersão ocorre por hidrocoria (levada pelas águas) e por mamíferos como os morcegos principalmente (observação em Guaramirim, SC).

Distribuição geográfica
No Brasil ocorre na Floresta Amazônica e Mata Atlântica, no ecossistema Floresta de Restinga (áreas de floresta de baixada inundáveis periodicamente). Fora do Brasil ocorre no México, Panamá, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Peru, Paraguai, Suriname, Venezuela.

Curiosidades históricas sobre a exploração da madeira
A madeira era usada para fabricar canoas, mastros de navios, vigas para construção civil, assoalhos, marcenaria e carpintaria. Faz parte do primeiro grupo de madeiras consideradas como madeira de lei, no período imperial, lei de 7 de janeiro de 1835; já em 1810 um decreto determinava exclusivo da corôa o seu corte. Foi muito utilizada na construção de navios das frotas portuguesa e inglesa. As madeiras de lei brasileiras foram parte importante no interesse inglês de firmar parceria comercial com Portugal, o que propiciou a vinda da família real portuguesa ao Brasil; imputrecível e muito mais leves que o carvalho europeu, madeiras de lei de árvores brasileiras, muito comuns no litoral brasileiro na época, como o olandi e o mogno, absorviam as balas de canhão sem sofrer danos a estrutura dos navios que as utilizaram em sua construção.
 
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