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INFORMAÇÕES:

MOLUSCO BIVALVE da MATA ATLÂNTICA – freshwater mussel - Naiad
Diplodon expansus (Küster, 1856)

Filo: Mollusca
Classe: Bivalvia
Ordem: Unionoida
Família Hyriidae

Foto: Germano Woehl Junior
Local: Rio do Couro, RPPN Corredeiras do Rio Itajaí - Itaiópolis – Santa Catarina
Data: 11/01/2014

Ameaças
É considerada uma espécie ameaçada de extinção de acordo com a lista vermelha da IUCN. Estado de Conservação: Vulnerável (IUCN 2.3). Está ameaçada de extinção devido à poluição dos rios, desmatamento e competição com espécies exóticas invasoras.

Características
Pode atingir o tamanho de até 65 mm. O exemplar da foto mede cerca de 60 mm (ver foto com escala na galeria)

Os bivalves de água doce possuem grande importância ecológica. Por serem organismos filtradores, controlam a quantidade de fitoplâncton, detritos e partículas inorgânicas, promovendo a diminuição da turbidez e o aumento da penetração de luz para macrófitas submersas, das quais uma variedade de outros animais depende. No Brasil, gêneros das quatro famílias de bivalves límnicos (Mycetopodidae, Hyriidae, Sphaeriidae e Corbiculidae) possuem representantes na lista da fauna ameaçada de extinção, sendo o maior número de espécies registradas para os estados do sul e sudeste.

As espécies do gênero Diplodon apresentam um "estádio larval ectoparasítico temporário" em peixes (larva gloquidium), curiosa estratégia reprodutiva das formas desse gênero de moluscos que permite a sua eficiente dispersão física nas bacias hidrográficas onde ocorre, justo através da dispersão realizada pelos peixes parasitados temporariamente.

“Gloquidium” ou "gloquídeo" é todo de tipo de larva produzida por moluscos bivalves de água doce constituída de uma concha bivalve, cujas valvas estão ligadas entre si por um músculo adutor e apresentam nos bordos cerdas sensitivas e, nalguns casos, dentes ou ganchos, exteriorizando-se entre as valvas um fio larval, mais ou menos longo que serve, junto aos dentes ou ganchos, para que a larva se fixe no hospedeiro (geralmente peixes), sendo que quando o fio larval é muito longo e apresenta algumas poucas modificações na sua constituição, tal larva recebe então o nome de "Lasídeo".

Distribuição geográfica
Espécie endêmica do Brasil. Ocorre nos rios e riachos da Mata Atlântica da região Sul e Sudeste do Brasil.

Referências
A. Ignacio Agudo-Padrón, 2005. Praga de bivalves límnicos em açudes. Disponível em
http://www.conchasbrasil.org.br/materias/pragas/limnicos.asp


Agradecemos ao Geógrafo Aisur Ignacio Agudo Padrón pela identificação da espécie e informações

 
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