Ameaças Segundo Luiz Soledade Otero, esta borboleta foi caçada até a extinção de certas populações restritas em áreas de Mata Atlântica, na região sudeste do Brasil. A situação da espécie está classificada como vulnerável na Lista Vermelha Brasileira, criada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em 2018 foi considerada como espécie pouco preocupante no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado pelo ICMBio. Como é uma espécie dependente de áreas naturais preservadas, provavelmente algumas subespécies estejam ameaçadas.
Descrição Prepona claudina era denominada Agrias claudina durante o século XX, e pertencendo ao gênero Agrias, agora em desuso). Apresenta o padrão superior geral de coloração enegrecida, com manchas vermelho-rosadas e azuis metálicas, características, em suas asas; apresentando um padrão, em vista inferior, com sete manchas arredondadas, como ocelos de centro branco-azulado, na margem de suas asas posteriores. De acordo com Otero, ela é denominada "o príncipe dos ninfalídeos" dado o tamanho e beleza incomuns de suas asas. Tufos amarelos, nas costas das asas dos machos, liberam feromônios, através de escamas androconiais, para atrair as borboletas fêmeas.
Hábitos e alimentação Prepona claudina é ativa nas horas mais quentes, raras de serem vistas e geralmente vistas quando procuram comida entre trilhas e clareiras no solo das florestas. Na RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim SC, vinha se alimentar de bananas ofertadas às aves no inicio da primavera, nos dias ensolarados, nas horas mais quentes, da 10 às 15 horas. Na literatura consta que foi encontrada se alimentando de exsudações de troncos de árvores ou de cipós brocados por larvas de moscas e besouros, além de líquidos provenientes de frutos em fermentação e esterco de mamíferos. Voa entre altitudes de 200 a 600 metros. Suas lagartas foram encontradas em folhas de Quiina glaziovii (gênero Quiina; familia Quiinaceae). As lagartas se alimentam noturnamente e descansam durante o dia nos galhos das plantas alimentícias.
Subespécies Prepona claudina possui oito subespécies: Prepona claudina claudina - Descrita por Godart em 1824, de provável exemplar proveniente do Brasil ("India", na descrição). Prepona claudina annetta - Descrita por Gray em 1832, de exemplar proveniente do Brasil (Santa Catarina). Prepona claudina sardanapalus - Descrita por Bates em 1860, de exemplar proveniente do Brasil (Amazonas). Prepona claudina lugens - Descrita por Staudinger em 1886, de exemplar proveniente do Peru (Chanchamayo). Prepona claudina godmani - Descrita por Fruhstorfer em 1895, de exemplar proveniente do Brasil (Mato Grosso). Prepona claudina croesus - Descrita por Staudinger em 1896, de exemplar proveniente do Brasil (Pará). Prepona claudina delavillae - Descrita por Neild em 1996, de exemplar proveniente da Venezuela. Prepona claudina patriciae - Descrita por Attal em 2000, de exemplar proveniente da Venezuela.
Distribuição geográfica Ocorre na Mata Atlântica de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina e também na Floresta Amazônica do Brasil, Venezuela, Guianas até o Peru e Bolívia.
Referencias OTERO, Luiz Soledade; MARIGO, Luiz Claudio (1990). Borboletas. Beleza e comportamento de espécies brasileiras 1ª ed. [S.l.]: Marigo Comunicação Visual. p. 60-61. 128 páginas. ISBN 85-85352-01-9