INTRODUÇÃO
 
 
 
 

INFORMAÇÕES:

ENCONTRO
Icterus pyrrhopterus (Vieillot, 1819)

Família: Icteridae

Nome em Inglês: Variable Oriole



Foto Germano Woehl Junior
Local: RPPN Santuário Rã-bugio - Guaramirim (SC)
Data: 20/11/2020

Esta ave é conhecida também pelos nomes primavera, inhapim (Pantanal), encontro (Rio Grande do Sul), melro, merro e soldadinho (Paraná e São Paulo), pega, soldado, maria-pretinha, gorricho, guacho (algumas localidades de Goiás), pêga (Sul do Piauí), viana e primavera (Ceará) rouxinol-da-amazônia e xexéu-de-banana e alguns o chamam também de xexéu-soldado.


Características
Mede cerca de 20 centímetros de comprimento. O macho da espécie tem 33,3 gramas de peso médio e a fêmea 30,4 gramas de peso médio. Espécie sem dimorfismo sexual.

Subespécies
Possui quatro subespécies reconhecidas:

Icterus pyrrhopterus pyrrhopterus - ocorre do sudeste da Bolívia até o Paraguai, do sul do Brasil nos estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, até o Uruguai e até o norte da Argentina; esta subespécie possui o encontro na cor castanho forte.

Icterus pyrrhopterus tibialis - ocorre do nordeste do Brasil dos estados do Maranhão até o Piauí, e do Maranhão, Pernambuco e Bahia até o estado do Rio de Janeiro. Esta subespécie possui a característica de possuir o encontro amarelo e também os calções amarelos.

Icterus pyrrhopterus valenciobuenoi - ocorre no sudeste do Brasil; do sul de Goiás até o estado de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina; esta espécie possui o encontro na cor castanho-amarelado. A subespécie valenciobuenoi é intermediária entre tibialis e pyrrhopterus.

Icterus pyrrhopterus periporphyrus - ocorre no nordeste da Bolívia e na região adjacente no oeste do Brasil no estado de Mato Grosso; esta subespécie possui o encontro de cor castanho mais pálido que a forma nominal e possui também um tamanho maior.


Alimentação
Sempre metido no meio da vegetação da copa ou das bordas, procura invertebrados, frutos e flores. Como o joão-pinto, suga o néctar das flores, abrindo-as ou enfiando o bico, às vezes a cabeça, na corola. Gosta das flores de ipê, tarumã, piúva e pombeiro, entre outras. Uma das formas de diferenciar o encontro do inhapim (Icterus cayanensis) é o comportamento mais acrobático de se alimentar.


Reprodução
Cada casal constrói seu ninho em forma de bolsa, distante dos demais. Possui um canto flautado, mas costuma imitar várias outras aves em suas longas estrofes improvisadas. Entremeia o canto das outras aves com um chamado curto e grave, próprio. Tem normalmente 1 ninhada por estação com 3 ovos. * Vale salientar que nos machos existe uma sutil diferença das fêmeas; a curva da asa (ombro) é amarela nos machos e preta nas fêmeas.


Hábitos
Comum nos ambientes florestados, também utiliza-se de capões de cerradão e árvores ou arbustos isolados próximos à mata. Vive solitário, aos pares e, eventualmente, em bandos, às vezes junto a bandos mistos. Nas manhãs frias, gosta de pousar em galhos expostos para tomar sol nas primeiras horas do dia. Uma característica que vem sendo constantemente observada, é que esta ave tem o costume de usar sua inteligência, quando uma ave maior que ela está se alimentando de um fruto, ele imita sons de aves predadoras para o fim de afugentar as aves e alimentar sua prole com o fruto conquistado. Ocasionalmente frequenta comedouros com frutos. Na RPPN Santuário Rã-bugio vem se alimentar de bananas que são ofertadas às aves.

Distribuição Geográfica
É observado em grande parte do Brasil, exceto uma área no noroeste do país.


Agradecemos ao fotógrafo Rudimar Cipriani pela identificação da espécie
 
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