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INFORMAÇÕES:

COGUMELO VENENOSO - MATA-MOSCA
Amanita muscaria

Reino:     Fungi
Divisão: Basidiomycota
Classe: Homobasidiomycetes
Ordem:     Agaricales
Família: Amanitaceae


Foto: Germano Woehl Jr
Local: RPPN Raso do Mandi - Itaiópolis SC
Data: 15/06/2021

Cogumelo vermelho venenoso nativo do hemisfério norte encontrado em Itaiópolis SC

Distribuição e hábitat

Amanita muscaria.

Amanita muscaria é um cogumelo cosmopolita, nativo de florestas de coníferas e decíduas ao longo das regiões temperadas e boreais do Hemisfério Norte, além de áreas elevadas em latitudes mais quentes como no Indocuche, Mediterrâneo e América Central. Um estudo molecular recente propõe que a espécie teve origem na região da Sibéria-Beríngia no período Terciário, antes de irradiar-se para toda a Ásia, Europa e América do Norte. A temporada de frutificação varia em diferentes climas: a frutificação ocorre no verão e outono na maior parte da América do Norte, mas mais tarde no outono e início do inverno na costa do Pacífico. Esta espécie é frequentemente encontrada em locais semelhantes aos Boletus edulis, e podem aparecer em anéis de fadas. Transmitida com mudas de pinus, que têm sido amplamente transportadas para o hemisfério sul, incluindo a Austrália, Nova Zelândia, sul da África e na América do Sul, onde pode ser encontrado nos estados brasileiros do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Ecologicamente, é um fungo ectomicorrízico; ou seja, forma uma relação simbiótica com vegetais. A espécie está associada a muitos tipos de árvores, como pinheiros, abetos, bétulas e cedro. Comumente visto sob árvores introduzidas, A. muscaria é o equivalente fúngico de ervas daninhas na Nova Zelândia, Tasmânia e Vitória (Austrália), formando novas associações com a faia do sul (Nothofagus). A espécie também está invadindo uma floresta na Austrália, onde pode ter deslocado espécies nativas. Ela parece estar se espalhando para o norte, com relatórios recentes colocando-a perto de Port Macquarie, no litoral norte de New South Wales. Foi registrada com a bétula prata (Betula pendula) em Manjimup, Austrália Ocidental, em 2010. Embora, aparentemente, não tenha se espalhado para áreas com eucaliptos na Austrália, há registro dessa associação em Portugal.

Toxicidade


A maioria dos casos de envenenamento por Amanita muscaria acontece devido à ingestão acidental por crianças pequenas, e nas pessoas que utilizam o cogumelo para ter uma experiência alucinógena. Ocasionalmente, é consumido por engano, já que os espécimes jovens podem ser confundidos com fungos comestíveis. As características manchas brancas podem sair após um chuva forte, e o cogumelo fica parecido com o inofensivo A. caesarea.

Amanita muscaria contém vários compostos químicos biologicamente ativos, e pelo menos um deles, o muscimol, já foi identificado como tendo propriedades psicoativas. O ácido ibotênico, uma neurotoxina, é um precursor do muscimol, de modo que aproximadamente 10 a 20 por cento do que é ingerido é convertido depois a muscimol. A dose tóxica em adultos é de aproximadamente 6 mg de muscimol ou 30 a 60 mg de ácido ibotênico; quantidade geralmente encontrada em apenas um único corpo de frutificação da espécie. A quantidade e a proporção de compostos químicos por cogumelo varia muito de região para região e nas diferentes estações do ano. Na primavera e no verão, os cogumelos acumulam até dez vezes mais ácido ibotênico e muscimol do que no outono.

A dose fatal foi calculada como quinze cogumelos. Mortes por este fungo foram relatadas em artigos e reportagens de jornais antigos, mas, com o tratamento médico moderno, o envenenamento fatal após a ingestão desses cogumelos tornou-se extremamente raro. Muitos livros mais antigos citam o Amanita muscaria como "mortal", mas essa visão é um tanto exagerada, pois implica que o cogumelo é mais tóxico do que realmente é. A Associação Norte-Americana de Micologia declarou que não houve mortes documentadas de forma confiável provocadas pelo consumo deste cogumelo durante o século XX. A grande maioria (90% ou mais) das mortes por intoxicação de cogumelos são provocadas pela ingestão de A. phalloides, uma espécie com o chapéu esverdeado a amarelado, conhecido nos países de língua inglesa como "death cap". Algumas espécies de cogumelos branco do gênero Amanita, conhecidos como anjos destruidores, também são causas frequentes de mortes.

Os componentes ativos desta espécie são solúveis em água, de modo que quando fervidos e, em seguida, descartando a água de cozimento, desintoxica, pelo menos em parte. A secagem pode aumentar a potência, na medida em que o processo facilita a conversão do ácido ibotênico para o muscimol, composto mais potente. Segundo algumas fontes, após onze desintoxicações, o cogumelo torna-se comestível.
 
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