SAÍ-CANÁRIO Thlypopsis sordida (d'Orbigny & Lafresnaye, 1837)
Outros nomes populares: Bonito-canário (São Paulo), canário-sapé e ituviara (Paraíba)
Nome em Inglês: Orange-headed Tanager
Família: Thraupidae Subfamília: Poospizinae
Foto: Germano Woehl Junior Local: Balneário Barra do Sul, SC Data: 17/12/2023
Características Mede cerca de 13,5 centímetros. As características que tornam fácil a identificação desta ave são a cabeça amarelo-alaranjada e o corpo cinza-esverdeado. Estes tons variam conforme a subespécie, tornando-se mais ou menos amarelados ou acinzentados conforme a região.
Seu canto não chama muita atenção, lembrando vagamente o do canário-da-terra-verdadeiro (Sicalis flaveola), porém menos intenso.
Subespécies Thlypopsis sordida sordida (Orbigny & Lafresnaye, 1837) - ocorre do leste e sul do Brasil até o leste da Bolívia, no Paraguai e no norte da Argentina;
Thlypopsis sordida chrysopis (P. L. Sclater & Salvin, 1880) - ocorre do extremo sul da Colômbia até o leste do Equador, leste do Peru e oeste do Brasil;
Thlypopsis sordida orinocensis (Friedmann, 1942) - ocorre na região tropical central e sul da Venezuela, no sul de Anzoátegui e norte de Bolívar.
Alimentação Alimenta-se de frutos, sementes e insetos capturados na folhagem.
Reprodução No período reprodutivo (julho a novembro), canta de maneira semelhante ao canário-da-terra-verdadeiro, origem do nome comum.
O ninho é construído a pelo menos 5 metros do solo, feito de fibras vegetais como a paina, teias de aranha e gravetos finos. A fêmea é responsável pela maior parte da construção, mas o macho colabora carregando o material necessário para a confecção do ninho. Nele são postos 2 ou 3 ovos, azul-esbranquiçados com manchas pardas, que são incubados pela fêmea. Quando nascem os filhotes, estes são alimentados pelo casal.
Hábitos Vive solitário, em pares no período reprodutivo. Em agosto e setembro formam-se grupamentos de até 8 aves, podendo tratar-se de migrantes em passagem pelo Pantanal e dirigindo-se para o sul. Entretanto, pouco é conhecido de sua biologia, não se sabendo a razão desse gregarismo ocasional. Vive em formações florestais secundárias e até mesmo em cidades bem arborizadas. Ocupa os estratos mais altos e médios da floresta, raramente indo ao chão. Locomove-se de forma típica, subindo pela ramaria em zigue-zague e em seguida praticamente soltando o corpo e caindo em direção ao tronco da próxima árvore.
Distribuição Geográfica Possui ampla distribuição na América do Sul e em boa parte do Brasil nas regiões NE, CO, SE e S. No Norte é mais restrito aos ambientes de várzea do rio Solimões e alguns de seus grandes afluentes como o Madeira (AM, RO). Também nos países vizinhos da Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai, e o NE da Argentina. A ssp. orinocensis é restrita à calha do rio Orinoco, na Venezuela. |