SAPO-GIGANTE Rhinella schneideri
Classe: Amphibia Subclasse: Lissamphibia Ordem: Anura Subordem: Neobatrachia Superfamília: Hyloidea (=Bufonoidea) Família: Bufonidae
Sinonímias: Bufo schneideri, Bufo paracnemis, Bufo marinus paracnemis, Bufo pisanoi, Chaunus schneideri.
Foto: Germano Woehl Junior Local: Massaranduba, Santa Catarina Data: 07/07/2001
Ameaças Na Mata Atlântica da região norte de Santa Catarina é uma espécie muito rara. São sapos notáveis pelo tamanho que atingem e durante 15 anos foram encontrados apenas dois exemplares por agricultores, nos municípios de Guaramirim (SC) e Massaranduba (SC). A população desta espécie de sapo gigante sofreu um forte declínio porque, segundo os moradores, há 50 anos estes sapos gigantes eram muito abundantes na região.
Características O exemplar da foto é uma fêmea, que mede 23 cm, mas pode atingir 25 cm. Rhinella schneideri pertence a um grupo de espécies de sapos de grande porte. A espécie pode ser distinguida do sapo cururu (sapo comum) por ser bem maior e apresentar glândulas cutâneas grandes na parte superior da perna traseira, na tíbia (veja nesta foto), denominada de glândula paracnemis além das glândulas paratóides atrás da cabeça, comum a todos os sapos. Estas glândulas servem para defesa contra predadores. Quando são mordidas pelos predadores, estas glândulas liberam uma substância leitosa que é muito amarga e cáustica, fazendo com que o predador desista imediatamente da investida. No caso deste sapo gigante (Rhinella schneiderii) estas glândulas extras sobre as pernas traseiras lhes dão uma proteção a mais porque é a parte onde os predadores costumam morder quando o sapo tenta fugir.
Estratégia de reprodução Desova em lagoas temporárias e permanentes. Os ovos ficam protegidos num cordão de gel com alguns metros de comprimento que é enrolado na vegetação aquática
Distribuição geográfica Mata Atlântica do Ceará até Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina foi encontrado na região norte (áreas de baixadas), nos municípios de Guaramirim e Massaranduba. Ocorre também na Floresta Amazônica do Brasil e Bolívia, no Paraguai, Argentina (Província de Missiones) e Uruguai.
Observação O nome homenageia o naturalista alemão Gustav Schneider que viveu entre 1834 a 1900.
Agradecemos ao Prof. Dr. Marcelo Menin do Departamento de Biologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) pela ajuda na identificação.
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